[ domingo, 08 de junho de 2025 ]
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Representantes dos agentes universitários nos conselhos de Administração e Universitário buscam reeleição

Na próxima quinta-feira (20), os agentes universitários da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) irão às urnas para escolher seus representantes nos conselhos de Administração (CA) e Universitário (COU). A chapa formada por Siderlei Nascimento (titular) e Nilvan Laurindo Sousa (suplente) busca a reeleição para dar continuidade a um trabalho essencial em defesa dos direitos e interesses dos técnicos administrativos da instituição.

Com um histórico de lutas e conquistas significativas, Siderlei e Nilvan têm atuado para garantir mais representatividade e reconhecimento aos agentes universitários – grupo que inclui cerca de 1.200 profissionais na UEPG, dos quais 700 são temporários e 500 efetivos. Um dos desafios enfrentados pela chapa tem sido justamente informar e conscientizar os temporários sobre sua representatividade no Conselho, já que muitos desconhecem que são representados e acabam votando sob influência de chefias.

“Os agentes temporários votam para representantes, mas não podem se candidatar. No entanto, são representados nos Conselhos e precisam saber disso. Sem informação, muitos votam sem conhecer o trabalho da nossa chapa”, destaca Siderlei Nascimento.

Luta por reconhecimento na pesquisa

Um dos principais projetos defendidos pela chapa é a regulamentação do credenciamento de agentes universitários como pesquisadores. Atualmente, a UEPG é a única universidade estadual do Paraná que não permite que técnicos administrativos proponham pesquisas sem a autorização de um docente, um entrave que a chapa vem lutando para corrigir.

“Isso é uma injustiça histórica. Muitos agentes já realizam pesquisa, mas sem o devido reconhecimento institucional. Apresentamos a proposta para corrigir essa situação e garantir isonomia com outras universidades”, explica Siderlei.

A proposta já foi encaminhada à PROPESP (Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação) desde julho de 2024, e a gestão atual se comprometeu a aprová-la. No entanto, a continuidade da representação da chapa é fundamental para acompanhar e garantir que essa mudança seja realmente efetivada.

Conquistas e desafios

Nos últimos dois anos, Siderlei e Nilvan atuaram em diversas frentes para melhorar as condições de trabalho e garantir direitos para os agentes universitários. Entre os avanços e pautas em andamento estão:

Defesa da carga horária específica para conselheiros técnicos – Os docentes possuem carga horária reservada para participação nos conselhos, enquanto os técnicos precisam realizar as mesmas funções sem essa garantia. A chapa defendeu a isonomia nesse aspecto, mas a pauta ainda não foi aprovada e precisa de acompanhamento.

Encaminhamento de melhorias no ambiente de trabalho – Foram solicitadas cadeiras ergonômicas de acordo com a NR-17, garantindo mais qualidade de vida no trabalho. O pedido foi aceito e será atendido pela gestão.

Defesa do modelo de férias coletivas – A chapa batalhou pela manutenção das férias coletivas, um direito que garante qualidade de vida e planejamento familiar aos servidores. No entanto, a proposta foi rejeitada sob justificativa de que o modelo não se adequa mais à realidade da instituição.

Atuação contra reajustes excessivos no Restaurante Universitário – Para evitar que o impacto do aumento de preços recaísse inteiramente sobre os agentes universitários, a chapa participou da formulação de um parecer substitutivo sobre o tema.

Projetos para agentes com filhos em idade escolar – Para atender às demandas dos servidores que precisavam buscar seus filhos às 15h50, foram criadas atividades esportivas no CAIC como alternativa viável.

Inclusão de artigo contra assédio e discriminação no Código de Ética da UEPG – Por iniciativa de Nilvan Laurindo Sousa, foi incluído o Parágrafo XI no artigo sétimo do Código de Ética da UEPG, estabelecendo uma política de tolerância zero contra assédio, discriminação e preconceito dentro da universidade. A nova redação detalha a proibição de condutas intimidadoras, linguagem ofensiva e qualquer tipo de coerção ou abuso de poder.

“Esse avanço é essencial para consolidar um ambiente universitário seguro e respeitoso para todos. A UEPG agora tem um compromisso formal contra práticas abusivas, e a nossa luta segue para garantir que esse princípio seja aplicado no dia a dia”, reforça Nilvan.

Por que a continuidade é essencial?

Com uma atuação marcada pelo diálogo e pela busca de direitos igualitários para os agentes universitários, a reeleição da chapa Siderlei e Nilvan é fundamental para que as lutas em andamento não sejam interrompidas. O reconhecimento dos agentes como pesquisadores, a luta por melhores condições de trabalho e a defesa da participação ativa dos temporários no processo decisório da universidade são pautas que precisam de acompanhamento para se tornarem realidade.

“Sempre sonhei com uma categoria unida e com consciência política. O respeito aos agentes universitários só virá com a nossa participação ativa nos assuntos que nos dizem respeito”, afirma Siderlei.

A eleição ocorre na quinta-feira (20), e todos os agentes universitários, temporários e efetivos, estão convocados a votar. A escolha da representação técnica nos conselhos de Administração e Universitário da UEPG determinará o futuro das políticas e decisões que impactam diretamente a vida dos servidores. Mais do que nunca, é o momento de consolidar avanços e garantir que as lutas dos agentes universitários não sejam deixadas para trás.

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