[ domingo, 08 de junho de 2025 ]
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Mulheres no Sul do Brasil: mais qualificação, menos salário

Mesmo em uma das regiões com menor taxa de desocupação do país, as mulheres da Região Sul continuam enfrentando um obstáculo persistente: a desigualdade salarial. Segundo a publicação-infográfico Mulheres – Inserção no Mercado de Trabalho, do DIEESE, baseada em dados do 3º trimestre de 2024 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE, as mulheres ganham até 24,5% a menos que os homens, mesmo com níveis de qualificação semelhantes.

Em média, as mulheres recebem R$ 2.958 em Santa Catarina, R$ 2.904 no Paraná e R$ 3.032 no Rio Grande do Sul. Já os homens ganham R$ 3.852, R$ 3.849 e R$ 3.998, respectivamente. Isso significa que, proporcionalmente, as mulheres catarinenses ganham 23,2% a menos que os homens, enquanto no Paraná a diferença salarial é de 24,5% e no Rio Grande do Sul, 24,2%. Os dados foram sistematizados pelo DIEESE, a partir da pesquisa do IBGE.

Desigualdade persiste apesar da baixa taxa de desocupação

Embora a taxa de desocupação feminina seja uma das mais baixas do Brasil – 4,8% em Santa Catarina, 3,4% no Rio Grande do Sul e 5,8% no Paraná –, a renda continua sendo um grande obstáculo para a equidade de gênero. A pesquisa reforça que, mesmo em mercados de trabalho aquecidos, as mulheres seguem recebendo salários consideravelmente menores do que os homens.

A jornada dupla: trabalho e afazeres domésticos

Além de ganhar menos, as mulheres da Região Sul também enfrentam uma sobrecarga de trabalho não remunerado. Segundo a publicação do DIEESE, em média, elas dedicam 21 dias a mais por ano do que os homens a afazeres domésticos, o que impacta diretamente suas oportunidades de crescimento profissional e avanço na carreira.

O desafio da equidade de gênero no mercado de trabalho

A Região Sul exibe um paradoxo: baixa desocupação feminina, mas alta desigualdade salarial. Os dados indicam a necessidade de políticas que garantam equidade salarial e promovam maior presença feminina em cargos de liderança. Enquanto isso não acontece, as mulheres sulistas seguem mais qualificadas, mas ainda ganhando menos.

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